Depois da folia carnavalesca, veio um dia triste e cinzento, propício para recordações melancólicas. Contudo, num rasgo, veio-me à memória recordações de uma noite de ramboia na qual tive o prazer de regalar a minha visão com uma espécie de miragem, privilégio esse, redundante aos elementos circundantes à festa em questão…e que me proporcionaram um dia mais claro e alegre.
Quem dos presentes não se recorda da senhora bonita? Ainda me recordo de nessa noite, na tão conhecida Festa das Chitas, em S.Martinho do Porto, passar boa parte da noite a tentar ficar com uma recordação daquela senhora, dona de uma beleza única, indescritível e inconfundível, já para não falar do estonteante bom gosto desde a pontinha dos pés, passando pelo seu “faqueiro” de 24 quilates, até à pontinha da poupa (ou da franja, fica ao critério de cada um), até que finalmente consegui uma fotografia aceitável para poder admirar e, talvez, quem saiba, tentar alcançar distinto patamar de beldade. Não se iludam com a facilidade desta tarefa, pois o poder Divino não premeia todos com igual raridade…nem tão pouco com o progresso na área da cirurgia plástica conseguiríamos alcançar tal marco! Contem-se com os pequenos passos possíveis de alcançar e não se esqueçam que para tal era preciso conseguir arranjar um salão de beleza que se prezasse de deliciar os seus clientes com tal penteado no seu catálogo.
Recordo ainda que esta senhora não foi o único elemento diferenciador de tal convívio social. O esperado de todas as festas, pelo menos até antes da passagem de ano do corrente ano, era o cheiro a fumo e a álcool, contudo nesta festa o cheiro característico era a detrimento de cavalos. Sem dúvida que primou pela unicidade.
Não sei se há alguma relação entre esta lembrança e a data que se comemora, o que é verdade é que de facto existiu e é merecedora de ficar, mais uma vez, registrada para a prosperidade.
Contemplem e deliciem-se!
Sem comentários:
Enviar um comentário