quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Rainha do Carnaval




Mais um agitado Carnaval se passou com a animação característica desta época. Carnaval que é Carnaval tem de ter música brasileira até à exaustão e convívio entre as várias faixas etárias. É conhecida mundialmente a tradição carnavalesca do povo brasileiro, contudo era desnecessário castigarem o aparelho auditivo desta forma tão drástica.

Analogamente a anos passados, não deixei de marcar esta data com um traje ridículo, tal e qual como o requerido para o evento (foto a cima), contudo devido à falta de imaginação e de tempo para preparar uma fantasia diferente, tive de recorrer à mesma personagem de há dois anos atrás...e depois de todos os preparos necessários, lá rumamos todos para a discoteca. Como tem sido hábito, encontramos disfarces bastante variados e criativos e….música brasileira, é claro! Depois de uma vista de olhos no meio envolvente e mesmo sem termos de esperar pelo concurso de mascarados, conseguimos logo descobrir qual seria a melhor fantasia do recinto.

Apesar de haver um empate na votação entre os membros do grupo, depois de algum tempo de observação científica, chegamos a consenso. Começo por descrever um dos disfarces mais bem conseguidos: um grupo de três meninas que encarnaram na personagem de strippers (provavelmente do "MayBe"). Atenção, quando digo que encarnavam, era porque encarnavam mesmo, chegando a parecer que para usar tal disfarce concederam horas infindáveis de treino no varão. Para além das suas botas de cano e salto exageradamente altos, em que para tal era preciso muito equilíbrio, das suas danças sensuais e bastante atrevidas e das suas roupas reduzidas, uma das moças, não satisfeita, decidiu abrir a blusa praticamente toda, deixando à vista o seu soutien vermelho e rendado com os seus generosos ‘airbags’ a saltar ao ritmo da música. (Há quem esteja convencido que aquele é o traje usual das meninas…mas como sou ingénua, vou acreditar que não).

Se acharam que o prémio ia ser atribuído a este grupo de mascarados, enganam-se. Conseguia haver muito melhor! Quando olhamos para o meio das escadas de acesso ao primeiro andar, deparamo-nos com uma senhora com um disfarce de freira muito pouco católico e quando pensamos que ficávamos pelo disfarce, enganamo-nos. Não percebemos se estava a encarnar na personagem, mas a senhora dançava a um ritmo alucinante, abanando freneticamente a cabeça (por vezes, dava a sensação que não suportava o seu peso), sempre acompanhada por uma Carlsberg. Depois de alguma introspecção, conjecturo que a senhora tentava retratar as freiras do futuro (mas muito longínquo), visto que para além do véu, envergar simplesmente uma rede de pescador. Não há palavras para descrever, por isso, deixo uma foto para retratar simplesmente o melhor disfarce da noite, tornando-se, na minha opinião, na rainha do Carnaval (peço desculpa pela baixa qualidade da foto, mas dada a distância a que me encontrava não deu para conseguir uma melhor).

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